quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Passos Incertos

Acho que não sei mais aonde quero estar.
Não sei se tomei o caminho errado;
Ou se é errado continuar
Talvez seja tarde demais,
Pois o certo do errado eu já não sei mais diferenciar.
E eu continuo então dando os meus passos incertos,
Sem me julgar.

Eu me sinto tão perdida.
As escolhas que tomei na minha vida, não valeram de nada.
Não há lugar para ir
Não há lugar para onde voltar.
Na minha casa não há mais nada do que medo e mágoas.
E verdades que as paredes tentam ocultar.

Á minha volta há várias máscaras
Que até ontem eu não conseguia enxergar.
Há inveja, há dor, há ódio, há medo.
Há punhais em minhas costas
Punhais de "mãos amigas"
Não há fuga, não há saída de emergência
E a tendência é só piorar

Posso ver as cordas que me jogam
Para eu me enforcar
Posso sentir as palavras afiadas atrás dos sorrisos meigos
As facas no olhar

Mas talvez agora, eu esteja finalmente sóbria
Pois embora eu esteja em meio as cobras
Eu continuo prosseguindo ilesa
Sem me contaminar
Ao contrário do que pensam, ainda não estou cega
Eu ainda vejo o amanhã chegar.

"Eu andarei vestido e armado com vossas armas para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter para me fazerem mal.{...}Armas de fogo meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o corpo amarrar."



Alicia

Um comentário:

  1. Ela leu primeiro pra mim esse texto, babem!

    ;P


    Adorei o texto.
    Vc tem um jeito diferente de nos mostrar o teu lado da história, eu gosto disso.
    ^^

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